TAP retoma operações a partir de Dezembro

(ANG) – A Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) retoma a partir do próximo mês de Dezembro as ligações aéreas diretas entre Lisboa e Bissau com dois voos semanais, disse à Rádio Jovem fonte do Governo guineense.O governo acaba de autorizar o regresso da companhia aérea portuguesa a Bissau. Agora estão reunidas as condições necessárias para retomamos as ligações entre Lisboa e Bissau em Dezembro”, disse a fonte oficial, no último fim-de-semana.

A TAP suspendeu os voos para Guiné-Bissau em Dezembro de 2012, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa. Na altura, a TAP considerou que só retomaria os voos – três ligações semanais na altura -, depois de as autoridades guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto, que a companhia considera ter sido quebrada com o incidente.

Esta sexta-feira, o secretário de Estado dos Transportes, Fidélis Forbs, enviou, através de Agência da Aviação Civil, a autorização do programa de voos à TAP e assegura que estão reunidas todas as condições de segurança necessárias para que a companhia portuguesa volte a voar para a Guiné-Bissau, confidenciou à Rádio Jovem a fonte do Governo liderado por Baciro Djá.

A companhia portuguesa pretende iniciar as ligações em Dezembro com dois voos por semana, nas madrugadas de quinta para sexta-feira e de sábado para domingo.

A tripulação do voo da TAP que fazia a ligação entre Bissau e Lisboa, a 10 de dezembro 2012, foi ameaçada e obrigada pelas autoridades guineenses a transportar 74 passageiros com passaportes falsos, num incidente classificado pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, como “um ato próximo do terrorismo”.

O Governo de transição da Guiné-Bissau criou uma comissão para investigar o assunto, liderada pelo ministro da Justiça, Saido Baldé, que concluiu que foi o então ministro do Interior, António Suca Ntchama, que “exigiu” o embarque dos 74 sírios com passaportes falsos para Portugal.

De acordo com um relatório da comissão, “não houve coação nem física, nem armada em relação à tripulação da TAP, nem ao chefe de escala” da companhia aérea em Bissau.

“A ordem de embarque foi dada pelo diretor-geral de escalas das delegações da TAP em África, a partir de Lisboa”, refere ainda o documento.

ANG-Rádio Jovem

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